“Não matei, roubei ou trafiquei”, diz Gilson Machado após ser preso
Ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro foi detido preventivamente em Pernambuco, suspeito de tentar ajudar Mauro Cid a deixar o Brasil
atualizado
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O ex-ministro do Turismo Gilson Machado afirmou nesta sexta-feira (13/6) que foi preso injustamente pela Polícia Federal. Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro e cotado para candidatura ao Senado em 2026 por Pernambuco, ele afirmou que não cometeu crimes e negou ter solicitado aporte português para o ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid.
“Não cometi crime algum. Não matei, não roubei, não trafiquei drogas. O que fiz foi apenas pedir informações sobre a renovação do aporte do meu pai, um senhor de 85 anos”, afirmou Gilson Machado.
Na operação que deteve o ex-ministro na Superintendência da Polícia Federal no Recife, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), os agentes apreenderam celulares e outros dispositivos eletrônicos com Machado.
A operação também incluiu a quebra dos sigilos telemático e telefônico de Machado, referente ao período de janeiro a junho de 2025.
O ex-ministro afirmou que é preciso verificar as ligações feitas ao consulado português no Recife e checar mensagens trocadas com funcionários. “Eu nunca estive presente em nenhum consulado ou embaixada – nem de Portugal, nem de qualquer outro país – seja no Brasil ou no exterior. Tudo o que fiz foi um gesto de cuidado com meu pai, nada além disso. A justiça divina tarda, mas não falha”, completou.
Machado já fez exame de corpo de delito. Agora, será levado para o Centro de Triagem e Observação Criminológica Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife, onde ficará à disposição da Justiça.