Sérgio Nogueira: Bolsonaro jamais “pressionou para alterar relatório”
Ex-ministro da Defesa, Nogueira é interrogado por ser um dos oito réus investigados por supostamente tramarem golpe de Estado no Brasil
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O general da reserva e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira está sendo interrogado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) na ação penal que apura possível trama golpista para anular as eleições presidenciais de 2022. O réu afirmou ao ministro Alexandre de Moraes que jamais foi pressionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para mostrar o relatório das Forças Armadas acerca das urnas eletrônicas.
O ex-ministro da Defesa afirmou que o objetivo do relatório não era encontrar uma possível fraude nas eleições, mas sim fiscalizar todo o processo eleitoral.
“Eu não despachei documento nenhum. Não houve reunião, não levei relatório para o presidente . O presidente jamais me pressionou. Seja para mandar o relatório somente no 2º turno, seja para alterar o relatório. O que me deixa de cabeça quente na denúncia, que alterei esse relatório”, disse o general.
Sérgio Nogueira desmentiu que qualquer candidato a presidência em 2022 tenha tido o ao relatório das Forças Armadas.
“Em todas as minhas reuniões atualiza e despachava tudo que era feito. Tudo as claras. Você imagina se eu tivesse que alterar um relatório desse, quantas pessoas teria que enganar?”.
O ex-comandante da Marinha almirante Almir Garnier, o ex-ministro Anderson Torres, o general Augusto Heleno, e ex-presidente Jair Bolsonaro, já foram interrogados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira. O interrogatório é conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.