body { font-family: 'Merriweather', serif; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Regular'; src: local('Merriweather-Regular'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Bold'; src: local('Merriweather-Bold'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Heavy'; src: local('Merriweather-Heavy'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Italic'; src: local('Merriweather-Italic'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff') format('woff'); font-display: swap; }
metropoles.com

Entenda como advogados e delegado fraudaram R$ 16 milhões do INSS

O grupo é suspeito de agir em parceria com agenciadores que cooptavam idosos venezuelanos — alguns deles ainda residiam fora do Brasil

atualizado

metropoles.com

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Polícia Federal deflagra a operação Sem Desconto, que cumpre na manhã desta quarta-feira 23 de abril 2
1 de 1 Polícia Federal deflagra a operação Sem Desconto, que cumpre na manhã desta quarta-feira 23 de abril 2 - Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (25/4), a Operação Cessatio, com foco em desarticular uma rede criminosa que teria fraudado o Benefício de Prestação Continuada (BPC-Loas), concedido pelo INSS, causando um prejuízo estimado em R$ 16 milhões aos cofres públicos. Ao todo, 14 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Boa Vista e Pacaraima, em Roraima.

Entre os alvos, estão sete escritórios de advocacia, que, segundo as investigações, teriam papel central na estrutura de falsificação de documentos e intermediação de pedidos fraudulentos.

O grupo é suspeito de agir em parceria com agenciadores que cooptavam idosos venezuelanos, alguns deles ainda residindo fora do Brasil, para requerer, de forma ilícita, os benefícios assistenciais voltados a pessoas em situação de vulnerabilidade.

Como funcionava o esquema

De acordo com a investigação, os agenciadores buscavam idosos na Venezuela, em situação de pobreza, e os traziam ao Brasil com o único objetivo de solicitar o benefício do INSS. Para isso, eram utilizados documentos falsos e cadastros manipulados em sistemas do governo federal. A seguir, os pedidos eram encaminhados por meio de advogados que atuavam nos escritórios agora investigados.

O BPC-Loas é um benefício no valor de um salário mínimo, pago a idosos com mais de 65 anos ou pessoas com deficiência que comprovem renda familiar per capita inferior a 1/4 do salário mínimo. Embora o benefício não exija tempo de contribuição ao INSS, é necessário que o requerente resida no Brasil e comprove situação de vulnerabilidade, o que não ocorria nos casos investigados.

As apurações apontam que, após o deferimento dos pedidos, muitos dos beneficiários retornavam à Venezuela, onde continuavam recebendo os valores indevidamente. Em alguns casos, os criminosos ficavam com uma parte ou com a totalidade dos rees mensais.

Medidas judiciais

Essa ação é um desdobramento de investigações iniciadas na Operação Ataktos, deflagrada em outubro de 2024. A partir das informações coletadas, a Justiça Federal autorizou o bloqueio de bens e valores dos investigados até o limite de R$ 16 milhões, além da suspensão das atividades econômicas de alguns dos envolvidos.

Entre os investigados também está um delegado aposentado da Polícia Civil, que teria atuado para garantir a concessão de centenas de benefícios irregulares durante o período apurado.

Os alvos da operação poderão responder por crimes como estelionato majorado, associação criminosa e falsificação de documentos públicos, além de outros delitos que podem surgir com o avanço das investigações.

Fraudes em série

Esta é a sexta operação da PF em Roraima voltada ao combate de fraudes contra o INSS em menos de dois anos. A região tem sido identificada como um dos principais focos de ações criminosas envolvendo migração irregular e falsos requerimentos de benefícios sociais, em especial os destinados a públicos vulneráveis, como idosos e refugiados.

A Polícia Federal reforça que o INSS dispõe de canais de denúncia e que atua em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério da Previdência Social para aprimorar os mecanismos de rastreio de fraudes e garantir que os recursos públicos cheguem a quem realmente precisa.

Rombo de R$ 6,3 bilhões

A ação ocorreu um dia após a deflagração de uma megaoperação de escala nacional, que mirou outra modalidade de golpe envolvendo o INSS. Nessa quarta-feira (23/4), a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) fizeram uma ofensiva contra descontos indevidos em aposentadorias e pensões, que teriam sido realizados por associações de fachada, sem autorização dos beneficiários.

Nesse caso, aposentados eram registrados à revelia como membros de entidades que diziam prestar assistência jurídica e oferecer convênios, mas que não tinham estrutura para os serviços prometidos. O rombo estimado é de R$ 6,3 bilhões, e ao menos cinco servidores do INSS foram afastados. O presidente do instituto, Alessandro Stefanutto, foi demitido após o avanço das apurações. Carros de luxo, joias e dinheiro em espécie foram apreendidos.

As investigações continuam, e os envolvidos poderão responder por estelionato majorado, associação criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

A Polícia Federal orienta que aposentados e pensionistas que identificarem descontos indevidos em seus extratos utilizem o site ou aplicativo Meu INSS, ou entrem em contato com a Central 135, para solicitar o bloqueio ou a exclusão de cobranças associativas não autorizadas.

8 imagens
No total, estão sendo cumpridos 211 mandados de busca e apreensão e outros 6 de prisão, além de ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão
Os mandados são cumpridos por cerca 700 policiais e 80 servidores da CGU no Distrito Federal
A investigação tem como alvos pessoas ligadas a entidades, operadores e servidores públicos investigados por cobranças indevidas
As entidades teriam feito cobranças que alcançaram R$ 6,3 bilhões entre os anos de 2019 e 2024, segundo a PF
Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, iva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais
1 de 8

A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão no prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Brasília, na manhã desta quarta-feira (23/4)

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
2 de 8

No total, estão sendo cumpridos 211 mandados de busca e apreensão e outros 6 de prisão, além de ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
3 de 8

Os mandados são cumpridos por cerca 700 policiais e 80 servidores da CGU no Distrito Federal

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
4 de 8

A investigação tem como alvos pessoas ligadas a entidades, operadores e servidores públicos investigados por cobranças indevidas

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
5 de 8

As entidades teriam feito cobranças que alcançaram R$ 6,3 bilhões entre os anos de 2019 e 2024, segundo a PF

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
6 de 8

Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, iva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
7 de 8

Segundo a PF, o objetivo é “combater um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões”

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
8 de 8

Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, iva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os os a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?