Ativista brasiliense detido em Israel é levado para deportação
Informações foram obtidas pela RFI com a Adalah, organização de direitos humanos em Israel que defende os ativistas que recusaram deportação
atualizado
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O brasileiro Thiago Ávila, que estava a bordo da embarcação Madleen que tentou furar o bloqueio de Israel à Faixa de Gaza para levar ajuda humanitária, está a caminho da deportação de Israel, de acordo com a ONG Adalah nesta quinta-feira (12/6).
Antes dessa decisão das autoridades israelenses, ele havia optado por fazer greve de fome e água e, por isso, foi transferido para uma cela isolada. As informações foram obtidas pela RFI em contato com a Adalah, organização de direitos humanos em Israel que defende os tripulantes que se recusaram a ser deportados e seguiam detidos.
Segundo a organização, as autoridades israelenses o transferiram para uma cela isolada para que ele não influenciasse os demais membros do grupo. O brasileiro tomou a decisão de fazer greve de fome e água por considerar a sua prisão ilegal.
A RFI entrou em contato com a embaixada do Brasil em Tel Aviv e recebeu a informação de que o brasileiro segue recebendo assistência consular.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel disse à RFI que “devido a questões de privacidade, não abordamos informações individuais dos detidos”, quando questionado sobre a situação de Ávila.
Adalah indicou que seis militantes, entre eles a eurodeputada franco-palestina Rima Hassan também estavam a caminho do aeroporto Ben-Gurion para serem expulsos do país, após mais de 72 horas de detenção em Israel.
“Eles devem ser expulsos hoje (quinta-feira) ou amanhã de manhã (sexta-feira)”, precisou a ONG.
“Durante a detenção, os ativistas foram submetidos a maus-tratos, medidas punitivas e tratamentos agressivos, e dois foram colocados em isolamento durante um certo tempo”, acrescentou a organização, se referindo a Thiago Ávia e Rima Hassan.
Doze militantes saíram em 1° de junho da Itália a bordo do veleiro Madleen para a Faixa de Gaza. Eles foram presos, após a abordagem do barco na segunda-feira de manhã pela Marinha israelense, a cerca de 185 quilômetros da costa do território palestino.
Quatro deles – a sueca Greta Thunberg, dois ses e um espanhol – voltaram para seus países na terça-feira, após aceitarem a expulsão de Israel.
Os 12 ativistas são proibidos de entrar em Israel pelos próximos 100 anos, indicou a ONG.
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