Israel confirma 3 mortes em Tel Aviv, e Irã fala em 60 óbitos no país
Segundo o exército de Israel, pessoas morreram porque não conseguiram chegar aos abrigos. Governo prometeu uma resposta aos ataques
atualizado
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Durante a madrugada deste sábado (14/6), o Irã disparou mais duas levas de mísseis balísticos contra Israel em resposta aos ataques israelenses a instalações militares e centros nucleares do país. Três pessoas foram mortas e 80 ficaram feridas após a ofensiva.
Segundo informações da RFI, parceira do Metrópoles, as vítimas não conseguiram chegar aos abrigos. O Comando da Frente Interna orientou que os cidadãos permaneçam próximos aos abrigos e sigam as determinações das autoridades.
Em resposta aos bombardeios, o exército israelense realizou mais um ataque contra Teerã, capital do Irã. De acordo com a TV estatal iraniana, cerca de 60 pessoas, incluindo 20 crianças, morreram na investida de Israel. A Radiodifusão da República Islâmica do Irã (Irib) informou que o ataque atingiu um complexo residencial.
Início do conflito
- Na noite de quinta-feira (12/6), as Forças de Defesa de Israel realizaram uma ofensiva em território iraniano, atingindo dezenas de alvos.
- Explosões foram registradas em Teerã, Tabriz, Isfahã, Kermanshah e Arak.
- Segundo o governo israelense, o objetivo era frear o avanço do programa nuclear do Irã, que, segundo alegações, acumula material suficiente para produzir várias bombas nucleares.
- O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que Israel não permitirá que o Irã desenvolva armas de destruição em massa.
Os ataques do Irã foram direcionados principalmente contra a Região Metropolitana de Tel Aviv, capital de Israel. Na região, vivem cerca de 4 milhões de pessoas, o que representa 40% do total da população israelense.
O embaixador do Irã na Organização das Nações Unidas (ONU), Amir Iravani, tinha relatado nessa sexta-feira (13/6) que 78 pessoas foram mortas e 320 ficaram feridas após a primeira ofensiva de Israel.
Em mais uma escalada no conflito entre os países, Tel Aviv notificou que nove cientistas iranianos envolvidos na produção de armas nucleares “foram eliminados”. Segundo Israel, eles tinham décadas de experiência no desenvolvimento de armas nucleares.
“Os indivíduos eliminados desempenharam um papel central no progresso rumo às armas nucleares. Sua eliminação representa um golpe significativo na capacidade do regime iraniano de adquirir armas de destruição em massa”, afirmou o exército.
Entre os cientistas mortos estão:
- Fereydoun Abbasi – especialista em engenharia nuclear
- Mohammad Mahdi Tehranshi – especialista em física
- Akbar Motalebi Zadeh – especialista em engenharia química
- Saeed Barji – especialista em engenharia de materiais
- Amir Hassan Fakhahi – especialista em física
- Abd al-Hamid Minoushehr – especialista em física de reatores
- Mansour Asgari – especialista em física
- Ahmad Reza Zolfaghari Daryani – especialista em engenharia nuclear
- Ali Bakhouei Katirimi – especialista em mecânica
Espaço aéreo fechado
A troca de ataques entre os rivais históricos aumentou a tensão no Oriente Médio. Devido ao cenário de instabilidade, Irã e Israel decidiram fechar seus respectivos espaços aéreos por tempo indeterminado.
Dessa forma, voos comerciais não estão autorizados a trafegar pelo céu iraniano e israelense. Nesses casos, apenas aeronaves das forças armadas têm autorização para realizar operações nos espaços aéreos.
A Companhia de Aeroportos e Navegação Aérea do Irã anunciou a suspensão de voos em todos os aeroportos do país “até novo aviso”. O Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Israel, não tem previsão de reabertura.
Irã ultraa limites
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, declarou que o Irã “cruzou todas as linhas vermelhas” ao atingir a infraestrutura civil israelense e prometeu uma resposta ainda mais contundente.
Mais cedo, o chefe do Conselho de Segurança Nacional de Israel, Tzachi Hanegbi, disse que “a guerra não conseguiria acabar totalmente com as ameaças iranianas”.
Na manhã deste sábado, sirenes foram ativadas em todo o território israelense a partir da invasão de drones, inclusive na fronteira com a Jordânia, a leste, em Arava, no sul, e nas Colinas de Golã, no norte.