Compulsão alimentar e fome emocional: entenda quadro de Yasmin Brunet
Endocrinologista afirma que hormônios como a serotonina podem agravar fome que Yasmin Brunet, do BBB24, sente quando está ansiosa
atualizado
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Nos últimos dias, a participante do BBB24 Yasmin Brunet se disse incomodada por estar comendo muito, mas continuar com fome. Ansiosa, Yasmin chacoalhava as pernas e chorava durante a conversa com Wanessa Camargo.
“Estou totalmente descompensada na alimentação, estou muito ansiosa. Eu já tive questões alimentares. Então, estou depositando tudo na comida. Pensei que poderia ser assim, mas achei que não seria tão intenso quanto está sendo. Quem tem questões alimentares vai entender isso: você se sente vazio e cheio ao mesmo tempo. E parece que o único momento em que não penso, que não fico ansiosa, é o momento que eu como, mas, logo em seguida, já vem de novo”, contou Yasmin em vídeo no raio X do BBB.
A modelo diz sofrer com compulsão alimentar, transtorno caracterizado pela ação de comer de forma desenfreada associada ao sentimento de culpa. A consequência pode ser o aumento do peso – muitas vezes, o indivíduo acaba procurando métodos radicais para emagrecer.
“A fome é uma sensação fisiológica que faz o organismo buscar alimentos para satisfazer as necessidades diárias de nutrientes. No entanto, o psicológico abalado pode impactar na fome sem a necessidade nutricional”, destaca a endocrinologista Deborah Beranger.
Em muitos casos, como o de Yasmin, o apetite emocional pode ser uma resposta ao estresse e ocorre em situações específicas. Ele também pode acontecer de forma crônica, quando o paciente sempre lida com questões emocionais exagerando na comida. O problema pode causar compulsão alimentar e doenças metabólicas.
A fome emocional, segundo Deborah, também tem relação com sentimento de vazio, ansiedade, tédio, depressão, oferta ou restrição de alimentos e até comemorações, situações comuns no reality show.
“Entre os sinais e estímulos que acompanham a fome emocional, estão a redução da quantidade de nutrientes ingeridos ou até a diminuição da temperatura corporal”, acrescenta a médica.
Agravantes para fome
A endocrinologista explica ainda que a alimentação desencadeia a produção de neurotransmissores como a serotonina, hormônio associado à felicidade. Por isso, o cérebro pode pedir mais comida para receber mais prazer em situações específicas.
“Já o hormônio cortisol, produzido quando o indivíduo está estressado, provoca a vontade de comer alimentos mais calóricos, como ultraprocessados. Se a procura por opções artificiais for constante, o paciente pode desenvolver doenças metabólicas como a diabetes”, explica a médica.
Uma das formas de evitar o consumo desenfreado é a ingestão de alimentos fibrosos, pois eles proporcionam saciedade ao indivíduo e impedem que ele exagere na ingestão de ultraprocessados. Outra medida preventiva é trabalhar a causa da ansiedade por meio da terapia.
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