Vídeo: grupo que vendia armas de guerra em Goiás é alvo de operação
Os alvos são empresários, ex-sócios de empresas do ramo armamentista e pessoas físicas ligadas à revenda e transporte de armas de fogo
atualizado
Compartilhar notícia

Um grupo criminoso especializado no comércio ilegal de armamento pesado por todo o país foi alvo de operação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Goiás (Ficco-GO) nesta sexta-feira (13/6). A ação contou com o apoio do Exército Brasileiro e da Receita Federal.
Segundo o delegado Delta, da Polícia Federal, as investigações foram iniciadas em julho de 2024, após a polícia prender em flagrante um homem que transportava armamento de guerra de Goiânia (GO) para o Rio de Janeiro (RJ).
A partir desse episódio, a investigação identificou conexões com empresas do setor armamentista — incluindo revendedoras e importadoras — suspeitas de fraudar os o Sistema Nacional de Armas (Sinarm) e o Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), com o intuito de ocultar a origem e o destino de armamentos desviados para o mercado ilegal.
Há indícios de que, mesmo com armas apreendidas sob custódia policial, os investigados continuavam movimentando os registros nos sistemas da Polícia Federal (PF), transferindo os armamentos para empresas investigadas com o objetivo de regularizar estoques em caso de fiscalização.
Foi descoberto pela polícia, também, que os sócios das empresas não possuíam lastro patrimonial compatível com os armamentos registrados, sendo alguns deles reincidentes criminais.
Operação Blood Guns
A ação possibilitou o cumprimento de 22 mandados de busca e apreensão nos estados de Goiás (GO), São Paulo (SP), Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul (RS).
Os alvos incluem empresários, ex-sócios de empresas do ramo armamentista e pessoas físicas ligadas à revenda e transporte de armas. Também foram autorizadas buscas pessoais e a apreensão de dispositivos eletrônicos, documentos e armamentos.
“Os investigados responderão pelos crimes previstos no artigo 17 da Lei nº 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento) e no artigo 299 do Código Penal (falsidade ideológica), bem como outros crimes encontrados no decorrer da investigação”, informou Delta.
Segundo os investigadores, esta fase da operação tem como objetivo reunir novos elementos probatórios que subsidiem o aprofundamento das investigações e a responsabilização dos envolvidos.